sexta-feira, 18 de novembro de 2016

O sonho da noite passada.

Noite passada sonhei com o Neko. O cara da Tópaz. Mas não tinha a ver com a Tópaz.
Era um sonho adolescente, quase infantil (ainda posso ter sonhos infantis aos 27 anos?).
O Neko era nutricionista no sonho. Eu encontrava ele num consultório, e depois numa praça tomando sorvete. Ele olhava no olho, perguntava do meu dia, conversava com a minha mãe, e me deixava com as bochechas coradas, só por demonstrar que se importava e pela doçura que tinha na voz. Minha amiga (sempre elas) dizia pra ele que eu parecia apaixonada, e ele me convidava pra jantar.
Aparecia num cavalo, digo, carro branco e abria a porta pra eu entrar. Falava das coisas do universo e oferecia um casaco pra me proteger do frio. Se debruçava sobre o muro depois e ficava bem pertinho puxando mais papo. O muro nos separava. O olho no olho nos unia. E então eu acordei porque o despertador me lembrou que era hora de trabalhar. Saí da cama cantarolando algo do tipo "o amor exiiiiiiste, o amor exiiiiiste meeeeu amooooor".
E o sonho se explicou.
Não era o Neko ali nos meus pensamentos me fazendo sonhar com isso. Era o príncipe encantado, educado, fofo que idealizei na terceira série. Eram todas as minhas projeções de relacionamento conto de fadas que nunca se concretizaram. Era a utopia do amor perfeito, da paixão a primeira vista e das borboletas no estômago.
E porque o Neko então? Certamente porque as músicas dele derretem meu coração aquariano gelado, e insistem em dizer em cada verso e em cada melodia, até que eu me convença: "ei menina, o amor existe".



Trecho de "A Camponesa", pra ficar claro o nível de lindeza dessas músicas:

"Quando for pra morrer, que seja de amor por alguém
Quando for pra chorar, que seja de tanto gargalhar
Quando for pra dizer adeus, que seja pra seguir o coração
Quando for pra entrar no mar, que seja pra mergulhar"