domingo, 28 de dezembro de 2014

101 em 1001 - Item 53: Ir na Arena do Grêmio - Feito em 04.10.14 Grêmio 0X1 São Paulo


Era uma vez uma mulher num estádio de futebol, e eis suas primeiras impressões (totalmente contestáveis, claro, já que existe uma infinidade de mulheres que vão ao estádio e conhecem e gostam mais de futebol do que eu):


*A Arena do Grêmio é linda, imensa e imponente, digna do time que a construiu;

*Fui especificamente ao Jogo do Grêmio contra o São Paulo por dois motivos: Desde a minha adolescência e a passagem do Kaká pelo time sou meio são-paulina também, e Kaká voltou ao São Paulo para ficar até o final do ano, portanto seria minha única oportunidade de vê-lo. Tirando essa fanzice sou gremista de coração, não me julguem;

Kaká alí, pertinho.
*Kaká continua lindo, divo, perfeição, tudibom;

*O juiz está sempre errado, a mãe dele é uma pessoa da vida e todo lance que ele deu contra o Grêmio estava errado, porque ele foi comprado;

*Sãopaulinos são bambis, que vieram ao estádio pra fazer merda e não merecem pisar na nossa grama sagrada, muito menos tocar na bola;

*É bem mais válido pra quem fica na área abaixo da torcida adversária intimidá-la o tempo inteiro com palavrões do que assistir o Grêmio jogando, afinal se o estádio estava lotado, alguém tem que ficar focado na torcida adversária, já tem muita gente olhando o jogo;

*Kaká é um palhaço, que veio do exterior pra não fazer nada, porque não joga nada e, assim como os outros jogadores não merece tocar na sagrada bola, sob pena de insultos gravíssimos dos torcedores já que o juiz – que absurdo – não faz nada pra impedir.

*O gol do São Paulo, a propósito, foi golpe de sorte, ou roubado, não lembro porque já faz um tempo, mas não foi merecido, com certeza.


*Toda vez que o Grêmio se aproximava da área do gol era obrigatório que se levantasse, toda vez que ele perdia a bola era obrigatório fazer ‘uhhhh’ (Tive dificuldade nessa parte, tendo em vista que levei casaco, bolsa, celular e máquina e as cadeirinhas são dobráveis, logo levantava depois de todo mundo e tinha dificuldade em organizar tudo pra sentar, quando todo mundo já estava sentado);

*Todas as pessoas ao meu redor sabiam exatamente quem estava jogando bem e mal, quem devia ser substituído e o esquema tático mais adequado para esta partida, uma pena que ninguém pudesse fazer nada uma vez que apenas o técnico tem o poder de decisão sobre esses fatores;

*A Geral do Grêmio continua linda mesmo sem avalanche, mas eu não me arriscaria a ser obrigada a gritar e sacudir bandeirolas o jogo todo em vez de assisti-lo, mesmo sem a avalanche.

*Os bambis ganharam, para minha alegria, porque só assim pude dormir na volta pra casa, já que a minha van foi em-lou-que-ci-da pro estádio.

P.S. Pretendo voltar ao estádio periodicamente, de carro, com tempo, e tenho a impressão de que sempre vou estranhar o movimento coletivo que ocorre nele.


P.S.2 Não foi a minha primeira vez, no ano passado fui ao Olímpico ver Grêmio e Santos, que terminou empatado, teve expulsão do Neymar (uhuul) e participei ativamente na revolta coletiva.



Selfie no banheiro, porque sim. =P